Um laudo recente da Polícia Científica do Paraná atestou que Jorge Guaranho, condenado pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, pode cumprir sua pena em regime fechado desde que receba suporte médico adequado. O documento foi emitido a pedido do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) para avaliar a manutenção da prisão domiciliar do ex-policial penal.
O laudo, finalizado na quinta-feira (27), detalha as sequelas de Guaranho, mencionando dificuldades de mobilidade e dependência de muletas. No entanto, conclui que ele pode permanecer preso caso tenha acesso a atendimentos de nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, odontologia e equipe médica.
Agora, cabe ao Complexo Médico Penal analisar se dispõe da estrutura necessária para oferecer tais cuidados. Desde sua condenação a 20 anos de reclusão, a defesa do ex-policial argumenta que a prisão domiciliar é essencial devido às suas condições de saúde. O advogado Samir Mattar Assad afirmou que o documento comprova a gravidade do estado clínico de Guaranho e rebate alegações de que o pedido de prisão domiciliar teria cunho estratégico.
Já o assistente de acusação, advogado Daniel Godoy, declarou à CBN que o condenado tem condições de cumprir pena no regime fechado, desde que receba os acompanhamentos necessários, garantindo sua dignidade.
O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha como tema o PT e o então candidato Lula, e efetuou disparos contra a vítima, que também revidou.




