O caso do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho começa a ser julgado nesta terça-feira (27), no Tribunal do Júri de Curitiba, a partir das 13 horas. O réu recebeu e assinou a notificação, porém, segundo o que manda a lei, ele não é obrigado a comparecer no julgamento.
No total, 33 recursos em nove anos foram apresentados pela defesa para tentar impedir que Carli Filho fosse a júri popular, mas todos foram negados. Um grupo composto por 7 pessoas, irá fazer uma avaliação do caso e ouvir os depoimentos das testemunhas (cerca de 8 pessoas), para então dar seu voto.
O julgamento será quase nove anos após o acidente no bairro Mossunguê, em Curitiba, onde Carli Filho terá a decisão do júri sobre as mortes de Gilmar Rafael Souza Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Souza, de 20. No dia da tragédia, Carli Filho estava com a carteira suspensa, com total de 130 pontos. Ele descolou do chão com seu veículo numa velocidade de 173 km/h, e caiu sobre o veículo das vítimas.
O promotor que assinou a denúncia, Marcelo Balzer, fez depoimento ao programa Fantástivo da Rede Globo, exibido no último domingo (25). “Eu não trato como acidente. Para uma pessoa andar a mais de 160 km/h dentro da cidade tem que ter uma justificativa plausível, e não há esta justificativa. Ele não ia salvar ninguém, pelo contrário, ele foi matar”.
O julgamento continua na quarta-feira (28). Se condenado, a pena pode somar até 20 anos de prisão.