O júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, entrou na fase final nesta quinta-feira (13) em Curitiba. O crime ocorreu em julho de 2022, em Foz do Iguaçu, mas o julgamento foi transferido para a capital a pedido da defesa do réu.
Durante a sessão, a acusação e a defesa apresentam seus argumentos, com cada lado tendo uma hora e meia para expor as alegações, além de réplicas e tréplicas que podem estender o julgamento por até cinco horas. O veredicto ficará a cargo do corpo de jurados, composto por três homens e quatro mulheres, enquanto a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler será responsável por definir a pena caso haja condenação. A expectativa é que a sentença seja anunciada ainda na tarde de hoje.
Na noite de quarta-feira (12), Jorge Guaranho prestou depoimento por cerca de duas horas e meia, respondendo a perguntas da defesa e dos jurados. Ele relatou que, no dia do crime, viu imagens da festa de Marcelo Arruda no celular de um amigo e decidiu ir até o local “por brincadeira”. Segundo o réu, ao chegar, tocou músicas ligadas ao então presidente Jair Bolsonaro, mas negou que o volume estivesse alto ou que tenha proferido ofensas diretas à vítima.
Após uma primeira discussão, Guaranho retornou ao local da festa motivado pela raiva, alegando que queria “cobrar explicações”. Ele afirmou que atirou em Arruda por se sentir ameaçado, pois a vítima teria se recusado a abaixar a arma. Durante o depoimento, declarou arrependimento pelo ocorrido.
Com a conclusão dos debates, a decisão dos jurados será tomada nas próximas horas, encerrando um julgamento de grande repercussão.




