A humorista Juliana Oliveira, conhecida por ter sido assistente de palco do programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili, se pronunciou pela primeira vez sobre um episódio ocorrido em 2016, no qual alega ter sido violentada por Otávio Mesquita durante uma gravação no SBT. O relato foi feito por meio de um vídeo publicado nesta terça-feira (15), no qual Juliana afirma que a emissora ignorou suas denúncias e a mantinha trancada no banheiro para evitar o contato com o apresentador.
Segundo Juliana, o episódio de violência ocorreu durante uma participação de Otávio Mesquita no The Noite. Ela contou que o jornalista a agarrou à força, tocando em partes íntimas de seu corpo sem consentimento. De acordo com o relato, ela tentou reagir, mas foi contida. A comediante afirma que comunicou o ocorrido à produção do programa e a Danilo Gentili, mas a resposta foi trancá-la em um banheiro sempre que Mesquita aparecia nos estúdios, mesmo sem convite formal para o programa.
Em seu vídeo, Juliana revelou que, mesmo após relatar o caso internamente em reuniões com a direção da emissora, nenhuma providência foi tomada de forma efetiva. Ela também declarou que teve sua carreira prejudicada após insistir na denúncia. “Eu fiz uma denúncia para uma empresa comandada por mulheres, mas mesmo assim elas não me ouviram”, relatou. Juliana afirma ainda que recebeu orientações para manter sigilo sobre o caso, sob a promessa de que ele seria resolvido internamente.
A comediante também explicou que já havia participado de quadros com Otávio Mesquita em 2015, mas que, naquela ocasião, tudo era roteirizado e consentido. No entanto, a gravação de 2016, segundo ela, teria ultrapassado todos os limites de respeito e segurança.
Juliana deixou o SBT em 2024, após reuniões com a direção sobre o impacto emocional do episódio. Segundo ela, a emissora chegou a reconhecer seu abalo psicológico, mas não tomou medidas concretas para protegê-la ou responsabilizar os envolvidos. A humorista concluiu seu relato afirmando que decidiu tornar pública a situação como forma de romper o silêncio e buscar justiça.
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