Jovem do Paraná morre após dois meses usando cigarro eletrônico; padrasto sofre infarto ao visitá-lo

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Foto: Divulgação

O atestado de óbito de Vitor da Silva, de 16 anos, confirmou que o adolescente, morador de Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná, morreu em decorrência de complicações associadas ao uso de cigarro eletrônico. A morte ocorreu um dia depois do padrasto, João Gonçalves, de 55 anos, sofrer um infarto enquanto visitava o enteado no hospital.

Segundo a mãe, Angélica da Silva, foi durante a internação que ela descobriu que o filho estava usando cigarros eletrônicos havia cerca de dois meses. O documento emitido na tarde de quinta-feira (27) apontou que Vitor teve sepse de foco pulmonar e insuficiência respiratória aguda relacionadas ao tabagismo com cigarro eletrônico.

Os primeiros sintomas apareceram quando o jovem começou a sentir dor de garganta e a ter episódios de vômito. No sábado (22), ele foi levado ao Hospital Nossa Senhora da Saúde, onde exames iniciais revelaram falência renal e sinais de infecção pulmonar. Diante do agravamento, Vitor foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Norte Pioneiro.

Angélica contou que o filho havia enfrentado bronquiolite até os dois anos, histórico citado por uma das médicas como fator de risco que pode ter contribuído para a gravidade do caso. A associação entre o uso recente de cigarros eletrônicos e a predisposição respiratória agravou rapidamente o quadro clínico.

Enquanto acompanhava a situação do enteado, o padrasto João Gonçalves passou mal e sofreu um infarto no hospital. Ele morreu um dia antes de Vitor, ampliando o impacto da tragédia sobre a família.

O caso reforça a preocupação de especialistas com o crescimento do uso de cigarros eletrônicos entre jovens e os riscos relacionados a esses dispositivos, que seguem em debate no país.

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