Após o protocolo do pedido de cassação por parte do Movimento Brasil Livre (MBL), o vereador João Bettega concedeu entrevista nesta segunda-feira (12) e afirmou que está sendo alvo de uma tentativa de destruição política por parte de seu antigo grupo. Segundo ele, a motivação para o rompimento está ligada a divergências internas e à sua defesa pela união da direita, algo que o MBL, segundo o vereador, nunca apoiou.
“Eu sempre fui a favor da união da direita. O MBL nunca foi. Tentei continuar no grupo, mas houve problemas internos”, disse Bettega, afirmando que a crise de confiança com seus assessores começou ainda no início do mandato.
O vereador rebateu as acusações feitas por seus ex-assessores, que alegam omissão diante da nomeação de José Luiz Veloso ao Instituto Municipal de Turismo. Segundo ele, iniciou uma apuração interna sobre o caso e chegou a protocolar requerimento de informações à Prefeitura, mas não avançou devido à falta de confiança em sua própria equipe. “Não tenho problema nenhum em denunciar vagabundo. Eu sou um vereador independente”, declarou.
Bettega também alegou que foi ameaçado por um assessor, que teria dito que, se a situação não fosse resolvida “no carinho, seria no ódio”. Disse ainda que foi pressionado para permanecer no MBL e que, ao tentar demitir esse assessor, foi impedido pelo movimento e acabou sendo expulso. “Agora querem me derrubar, porque queriam tomar conta do meu gabinete”, completou.
Em relação às críticas de que teria transformado seu mandato em plataforma de autopromoção, o vereador afirmou que os vídeos gravados têm sido feitos apenas nos finais de semana e que tem mantido presença em todas as sessões da Câmara. “Protocolamos mais de 20 projetos de lei e mais de 400 requerimentos. Meu mandato é produtivo”, defendeu.
Sobre os ex-assessores, preferiu não rebater diretamente os ataques: “Não vou descer a esse nível. Eu sou parlamentar, represento o povo”.
Bettega afirmou que tentou manter dois assessores no cargo por reconhecer o bom trabalho deles, mas que ambos preferiram sair, levando à exoneração de toda a equipe. “Não houve negociação. Eu quis mantê-los, mas eles não quiseram.”
Questionado sobre a possibilidade de ter seu mandato cassado, respondeu com tranquilidade: “Não tenho medo de nada. Tenho minha consciência limpa. Sei que sou um homem ético.”
Por fim, ao ser confrontado com as declarações do coordenador nacional do MBL, Renan, que o teria chamado de “burro” e “mau caráter”, Bettega classificou o comentário como um ataque pessoal. “Isso mostra o baixo nível do Renan. Não quero baixar esse nível, passei quatro anos no MBL e não vou ficar xingando ninguém”, concluiu.
O vereador finalizou dizendo que está passando por uma injustiça e reafirmou sua integridade. “Desafio qualquer um a abrir meu sigilo bancário. Nunca cometi ato ilícito. Estão tentando me imputar uma responsabilidade que é de outro.”
João Bettega rebate MBL e diz ser vítima de perseguição política: “Minha vida é limpa”. pic.twitter.com/sR8BYPPsQ2
— XV Curitiba (@xv_curitiba) May 12, 2025






