A influenciadora mineira Michele Dias Abreu se tornou alvo do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após fazer uma associação controversa entre as enchentes no Rio Grande do Sul e as religiões de matriz africana. A mulher de 43 anos publicou um vídeo em suas redes sociais onde afirmava que a tragédia no estado gaúcho seria resultado da “ira de Deus” devido ao grande número de “terreiros de macumba” na região.
Em seu vídeo, Michele declarou: “O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido à ira de Deus. As pessoas estão brincando, misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém.” Esta declaração gerou grande repercussão e acusações de intolerância religiosa.
Após a reação negativa, Michele pediu desculpas públicas, admitindo que seu comentário foi “totalmente infeliz e desnecessário”. Ela reconheceu que errou na forma como se expressou, mas o dano já estava feito, levando o MPMG a denunciar a influenciadora por suas declarações.
Michele Dias Abreu possui mais de 30 mil seguidores no Instagram e se apresenta como CEO de uma rede de laboratórios em Minas Gerais. Além disso, ela trabalha com gestão de pessoas, treinamento e liderança. Em suas redes sociais, Michele se descreve como cristã, mãe, esposa, empreendedora e apaixonada por Jesus.
No YouTube, Michele posta vídeos abordando temas como cura, medo, liderança e religião. Ela também criou uma série online voltada para pessoas que se sentem frustradas ou incapazes de progredir. No entanto, diante da denúncia do MPMG, a influenciadora fechou seu perfil no Instagram, retirou os vídeos do ar e bloqueou os comentários em suas publicações.
O caso de Michele Dias Abreu destaca as consequências de discursos de intolerância religiosa e a responsabilidade das figuras públicas em suas declarações, especialmente em tempos de grande alcance digital. A denúncia do MPMG reforça a importância de combater a discriminação e promover o respeito às diversas crenças religiosas no Brasil.