A Interpol incluiu nesta quarta-feira (22) o nome do influenciador paranaense Eduardo Felipe Campelo na lista de procurados internacionais. Acusado de lesar vítimas através do “Jogo do Tigrinho”, um cassino online ilegal, Campelo agora pode ser preso por autoridades estrangeiras em qualquer país.
Campelo, que está em Dubai há pelo menos 10 dias, movimentou aproximadamente R$ 8,5 milhões com a plataforma, segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR). Mesmo com uma ordem judicial que o proíbe de promover o jogo, ele continua incentivando seu uso nas redes sociais.
O delegado Tiago Dantas, responsável pelas investigações, destacou que Campelo demonstra total desprezo pela polícia e pela Justiça. Além de Campelo, outros dois influenciadores envolvidos com o jogo de azar foram presos em uma operação policial realizada no dia 13 de maio. Campelo, no entanto, não foi localizado durante a ação.
Assim que for preso, Campelo será extraditado para o Brasil para responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular, exploração de jogo de azar e exploração de loteria não autorizada.
A defesa de Campelo afirma que ele tem passagem de volta ao Brasil e que se apresentará à Justiça. Seus advogados alegam que as acusações são falsas e que ele será absolvido.
Natural de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Campelo embarcou para Dubai no início de abril. Nas redes sociais, ele compartilha uma rotina de ostentação, incluindo visitas ao Burj Khalifa, passeios com carros de luxo e no deserto, e fotos com dromedários.