O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quarta-feira, dia 10 de julho, os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para junho de 2024. A inflação oficial registrou um aumento de 0,21% no mês, abaixo dos 0,46% observados em maio. No primeiro semestre de 2024, a alta acumulada foi de 2,48%.
De modo geral, o setor de alimentação apresentou uma inflação de 0,44% em junho. Os alimentos para consumo doméstico ficaram 0,47% mais caros, enquanto o custo das refeições fora de casa subiu 0,27%. Em Curitiba, a alimentação em domicílio registrou uma alta de 1,1% na variação mensal de junho de 2024, enquanto a alimentação fora de casa teve um aumento mais moderado de 0,56%. Essa disparidade destaca a pressão inflacionária sobre os produtos alimentícios básicos consumidos pelos moradores.
Luiz Breda, sócio e fundador do Bávaro, conhecido pela sua atuação de destaque na icônica Rua 24 Horas de Curitiba, comentou sobre o impacto desses dados no setor de alimentação fora do lar. “Apesar do aumento expressivo nos preços dos alimentos para consumo doméstico, conseguimos manter os custos de alimentação fora de casa relativamente controlados. Nossa estratégia tem sido buscar fornecedores locais e otimizar nossos processos para evitar repassar integralmente esses aumentos ao consumidor”, afirmou Breda. Ele acrescentou que os pratos feitos (PFs) e buffet por quilo oferecidos pelo Grupo Bávaro são uma opção acessível para os moradores da região, ajudando a mitigar os efeitos da inflação no bolso dos consumidores.
No geral, a alta de preços no grupo de alimentação e bebidas foi um dos principais fatores que contribuíram para o resultado. Produtos como a batata inglesa, o leite longa vida, o arroz e o café moído tiveram aumentos expressivos. As expectativas inflacionárias, medida pelo IPCA-15, já indicavam uma tendência de alta, com uma variação de 0,39% em junho. Os analistas do mercado financeiro previam uma alta, e o resultado foi um pouco abaixo do esperado.
O IPCA continua dentro da meta. Mesmo com a nova aceleração, o índice acumulado em 12 meses permanece no intervalo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta de 3% planejada para 2024 tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo uma variação entre 1,5% e 4,5%.