A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto e outras 35 pessoas sob acusações graves, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O indiciamento marca mais um capítulo importante das investigações conduzidas no âmbito das operações Tempus Veritatis e Contragolpe, relacionadas aos atos antidemocráticos que ocorreram após as eleições de 2022.
Segundo o relatório final apresentado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF), há evidências de que os indiciados teriam cometido ao menos um crime durante o período investigado. Apesar da gravidade das acusações, o indiciamento não significa, automaticamente, que os acusados serão processados. Cabe agora à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar o material apresentado e decidir os próximos passos.
A PGR possui três caminhos possíveis: formalizar uma denúncia contra os indiciados ao STF, solicitar mais provas para reforçar o caso ou pedir o arquivamento das investigações. Caso opte pela denúncia, o Supremo Tribunal Federal decidirá se abre ou não o processo judicial. A denúncia pode ser feita de maneira coletiva, abrangendo todos os acusados, ou de forma individual.
Se o STF aceitar a denúncia, Bolsonaro, Braga Netto e os demais indiciados se tornarão réus. Nesse cenário, o processo seguirá para julgamento, podendo resultar em condenações ou absolvições, dependendo da análise dos ministros. Até lá, o futuro político e jurídico dos envolvidos permanece incerto, enquanto o caso segue atraindo grande atenção pública e midiática.