Nesta segunda-feira (25/10), a Prefeitura de Curitiba vai iluminar a estufa do Jardim Botânico nas cores amarela e vermelha, em alusão ao Dia Municipal da Mielomeningocele (MMC). A pausa de hoje na iluminação em referência ao Outubro Rosa é para instigar os curitibanos a saber mais sobre az MMC, uma doença crônica resultante de malformação congênita.
Também conhecida como espinha bífida aberta, a mielomeningocele (MMC) atinge, em média, uma a cada mil crianças nascidas e ainda não tem cura total. Mas pode ser prevenida e, com tratamentos específicos e acompanhamento médico, os sintomas podem ser reduzidos, ampliando a qualidade de vida das crianças afetadas.
Para aumentar o conhecimento da população sobre essa doença crônica, o Dia Municipal da Mielomeningocele foi instituído em Curitiba pela Lei 15.284/18, sancionada pelo prefeito Rafael Greca e parte do calendário oficial do município, coincidindo com o Dia Mundial de conscientização sobre essa má formação congênita, 25 de outubro.
O que é mielomeningocele
A mielomeningocele (MMC) é uma malformação congênita na coluna do bebê ainda dentro do útero materno. A partir de seis ou sete semanas de gestação, a ossificação das vértebras da coluna do feto não acontece totalmente, deixando a medula e o sistema nervoso expostos, em uma protusão nas costas.
Essa malformação pode resultar em complicações de diferentes graus nas funções neurológicas, cognitivas, ortopédicas, causar disfunções da bexiga e intestinos hidrocefalia (acúmulo de água dentro da cabeça).
Cuidados preventivos
Ainda são desconhecidas todas as causas dessa malformação no feto, mas sabe-se que alguns casos da MMC podem ser prevenidos e diagnosticados. Para isso, tanto o planejamento da gravidez como o acompanhamento pré-natal são indispensáveis, diz a pediatra da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS) Cristiane Marangon.
O planejamento do melhor momento para uma gestação permite que saúde da mulher seja avaliada e sejam feitas recomendações clínicas para que ela esteja no seu melhor momento para engravidar.
Sabe-se, por exemplo, que níveis ótimos de ácido fólico (vitamina B9) da mãe antes e nas primeiras semanas de gestação reduz o risco de ocorrência da MMC e, em alguns casos, pode ser recomendado ajustes na alimentação – com maior ingestão de verduras de folha verde, legumes, feijão, vagens, fava, brócolis, espinafre, gema de ovo, germe de trigo, peixe e em sucos frescos de frutas cítricas como a laranja e limão – ou até a prescrição do ácido fólico.
Rede Mãe Curitibana Vale a Vida
Outra ação fundamental é realizar o pré-natal para acompanhar o desenvolvimento da gestação e o diagnóstico precoce. No programa de pré-natal da SMS, o Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, a gestante é acompanhada pela equipe da própria Unidade de Saúde, com atendimentos e consultas e a solicitação de exames de rotina do pré-natal e exames específicos para cada caso.
“No caso de diagnóstico de intercorrências do feto, como a mielomeningocele, a gestante é encaminhada para acompanhamento em serviços de maior complexidade”, explica a pediatra.
Esse encaminhamento acompanha o desenvolvimento do feto e permite a programação inicial do tratamento da criança em caso do diagnóstico de MMC.
Superando a MMC
A data também foi lembrada pela Associação Brasileira Superando a Mielomeningocele (Absam), fundada e sediada em Curitiba, com um piquenique no último sábado (23/10) no Parque Barigui que reuniu portadores de MMC e seus familiares.