A igreja Bola de Neve anunciou o afastamento do pastor Rinaldo Pereira, conhecido como pastor Rina, após denúncias de agressão feitas por sua esposa, a pastora e cantora gospel Denise Seixas. A decisão foi comunicada no último domingo (9) em meio a uma série de acusações envolvendo violência física e psicológica.
Denise Seixas conseguiu uma medida protetiva na Justiça de São Paulo que obriga Rina a manter uma distância de 300 metros dela e proíbe qualquer tipo de contato. As acusações incluem lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação. Em defesa, Rina negou qualquer prática de violência e afirmou confiar na apuração imparcial dos fatos pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
Em uma publicação no Instagram, a Bola de Neve informou que, além do afastamento do pastor, será criado um canal de ouvidoria para apurar possíveis falhas e má conduta dentro da igreja. O comunicado expressa pesar e tristeza pelos eventos recentes e destaca a decisão do Conselho Deliberativo, em conjunto com o próprio Rina, de afastá-lo para que ele possa se dedicar ao esclarecimento das acusações e ao restabelecimento de sua saúde e da sua família.
Além dessas medidas, a Bola de Neve anunciou a criação de um Conselho de Ética para investigar todas as irregularidades apresentadas, avaliar a necessidade de afastamento ou desligamento de lideranças, acompanhar as investigações internas e reformular o Regimento Interno da igreja. O objetivo é alinhar as expectativas da congregação e prevenir que eventos semelhantes ocorram novamente.
Denise Seixas relatou à Polícia Civil que sofreu diversas agressões ao longo do relacionamento com Rina, desde xingamentos até violência física. Em um depoimento, ela mencionou que em um dos episódios de violência, recebeu um soco no nariz e, em outra ocasião, teve uma cadeira arremessada em sua direção. Denise também relatou ter sido obrigada a gravar vídeos negando que Rina fosse um agressor, o que, segundo ela, não funcionou devido à percepção das pessoas de que estava lendo um roteiro. Nos últimos dois meses, Denise perdeu acesso às suas redes sociais e às suas finanças, aumentando seu temor por sua reputação e segurança.