Em um episódio que chama atenção pela audácia e falsidade, a cidade de Ipatinga foi palco de uma operação policial que culminou na prisão de um homem de 33 anos, identificado pelas iniciais W.A.C., sob a acusação de se passar por um capitão aposentado do Exército Brasileiro. O episódio, desdobrado ao longo do último fim de semana na rua Sabedoria, bairro Canaãzinho, revela as camadas complexas de uma fraude que envolveu a usurpação da identidade de Luiz Carlos Alborghetti, um conhecido jornalista policial e político paranaense já falecido.
A trama começou a ser desenredada após relatos da população local à Polícia Militar, sugerindo que um indivíduo estaria se aproveitando da falsa identidade de um oficial do exército para estabelecer relações amorosas. Uma dessas relações, com uma mulher de 35 anos residente no bairro Iguaçu, foi o fio da meada que levou à ação policial. A mulher, envolvida emocionalmente com o impostor, acreditava estar em um relacionamento com o próprio Alborghetti, que o farsante afirmava ser um capitão aposentado com experiências de missões no Haiti.
A investigação avançou rapidamente após a confirmação da mulher sobre a identidade de seu parceiro. A polícia, munida de informações precisas, descobriu que o suposto capitão era, na verdade, W.A.C., um homem com mandado de prisão em aberto expedido pela 1ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ipatinga. Confrontado pelos oficiais em sua residência, o acusado negou as acusações, mas foi detido e encaminhado à Delegacia de Polícia sob a força do mandado judicial.
A detenção de W.A.C. não apenas desmascarou sua falsa identidade como também ressaltou um padrão preocupante na região: ele é o segundo caso, conforme reportado pelo Portal Diário do Aço em 18 de abril de 2o23, de indivíduos que se passam por membros do Exército para impressionar e manipular mulheres em Ipatinga. O caso anterior envolveu um falso sargento, preso por ameaças, uso de documentos falsos e até uma tentativa de prisão contra um açougueiro durante um desentendimento.
Este incidente ressalta a importância da vigilância e da colaboração comunitária no combate a fraudes e crimes de identidade, ao mesmo tempo que traz à luz as estratégias extremas adotadas por alguns para explorar e enganar pessoas sob o manto de prestígio e autoridade inexistentes.