Um episódio trágico tomou conta da noite desta terça-feira (22) em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, quando um homem armado abriu fogo de dentro de sua residência, atingindo familiares e policiais militares. A ocorrência mobilizou as forças de segurança e se estendeu por mais de nove horas, terminando com a morte do atirador após um cerco policial.
De acordo com as primeiras informações, a situação, que ocorreu por volta das 23h, teve início após um desentendimento familiar. O suspeito, fortemente armado com um fuzil .40, efetuou disparos tanto contra as pessoas que estavam em sua casa quanto contra os policiais que tentavam conter a situação. O clima de tensão fez com que vizinhos precisassem ser retirados da área por precaução, enquanto o atirador continuava a disparar, inclusive derrubando dois drones das autoridades que sobrevoavam a região.
As vítimas fatais foram o policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, o pai do atirador, Eugenio Crippa, de 74 anos, e o irmão do criminoso, Everton Luciano Crippa, de 49 anos. Outros nove ficaram feridos, incluindo seis policiais e membros da família do suspeito. Entre os feridos, sete foram encaminhados ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, sendo que três estavam em estado grave. Dentre esses, Everton Luciano Crippa não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde.
O policial militar João Paulo Farias, de 26 anos, foi atingido por um tiro na cabeça, enquanto Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, também policial, segue em estado crítico. Além deles, o guarda municipal Volmir de Souza, de 54 anos, atingido por três disparos, está estabilizado, conforme informações das autoridades locais.
Outras vítimas, como o policial militar Eduardo de Brida Geiger, de 32 anos, ferido no tornozelo, e a policial Joseane Muller, de 38 anos, atingida no ombro, estão fora de risco, assim como Leonardo Valadão Alves, de 26 anos, que sofreu um tiro de raspão no supercílio.
A Brigada Militar e a Guarda Civil Municipal de Novo Hamburgo agiram com cautela durante toda a operação, na tentativa de neutralizar o atirador sem colocar mais vidas em risco. Segundo Gilson Amaral, da Guarda Civil Municipal, a estratégia adotada foi necessária para garantir uma abordagem cirúrgica, destacando o nível de perigo da situação, uma vez que o criminoso estava fortemente armado e disparava constantemente.
O local do ataque permanece isolado, e a área foi evacuada por medidas de segurança. A polícia segue investigando as motivações exatas que levaram ao desenlace violento, mas as primeiras evidências apontam para um conflito familiar.
A conclusão do cerco, que resultou na morte do atirador, marca o fim de uma longa e tensa noite em Novo Hamburgo.