O cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciou, nesta quarta-feira (19), que não seguirá com sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026. A decisão, comunicada por meio de um vídeo, também afasta, ao menos por ora, a possibilidade de disputar outro cargo eletivo, como o Senado. O artista afirmou que pretende direcionar seus esforços para turnês internacionais nos próximos anos.
A desistência ocorre a menos de três semanas de um evento marcado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), previsto para 4 de abril. Na ocasião, o político pretendia oficializar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, contando com o apoio do cantor. Embora tenha demonstrado proximidade com Caiado, Gusttavo Lima vinha adiando um posicionamento definitivo sobre sua própria candidatura.
O governador goiano, que busca concorrer à Presidência, enfrenta um obstáculo judicial. Atualmente, ele está condenado a oito anos de inelegibilidade por decisão da Justiça Eleitoral, sob a acusação de ter utilizado a sede do governo estadual para promover um evento de campanha em favor de Sandro Mabel (União Brasil), então candidato à prefeitura de Goiânia, eleito no último pleito. A condenação ainda pode ser contestada junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Outro fator que pode ter influenciado a desistência de Gusttavo Lima foi a recepção negativa do público à sua possível entrada na política. Uma pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada em 15 de janeiro, indicou que 65,7% dos entrevistados se mostraram contrários à candidatura do cantor, enquanto 27,8% apoiavam sua participação nas eleições. Além disso, o levantamento apontou que o artista enfrentaria uma taxa de rejeição de 50,6% caso disputasse a Presidência.