Estadão Conteúdo
O PT programa fazer atos em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva todos os dias no local onde seus apoiadores estão concentrados, próximo à sede da Polícia Federal em Curitiba.
Durante reunião da Executiva Nacional do partido, na capital paranaense, a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, afirmou que espera ter atividades até quarta-feira, 11, sinalizando expectativa para uma eventual saída de Lula com um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Esperamos ter todos esses dias muitas atividades lá. Esperamos obviamente que seja só até quarta-feira, mas se não for vamos ter atividades para o resto da semana", afirmou Gleisi, no momento em que jornalistas foram autorizados a entrar no local onde acontece o encontro para produzir imagens.
Amanhã, informou Gleisi, os 9 governadores do Nordeste e o de Minas Gerais irão ao prédio da Superintendência da Polícia Federal e tentarão visitar Lula.
Para viabilizar as visitas, o partido e advogados negociam com a Polícia Federal e com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A ideia é permitir as visitas sem a necessidade de uma ordem expressa da Justiça.
Outro interessado na visita, segundo Gleisi, é o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.
Sindicância
Nesta tarde, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e o presidente estadual da legenda, Dr. Rosinha, foram à sede da PF para uma reunião com a Superintendência do órgão. A pauta é o pedido feito pelo partido para que se instale uma sindicância administrativa e se apure o lançamento de bombas de efeito moral contra militantes durante a chegada de Lula ao local, na noite de sábado, 7.
A senadora apontou ainda que o partido já tem a informação de que o homem que provocou a deputada Manuela d'Ávila (PCdoB) na manhã de hoje é integrante da Polícia Civil. Na ocasião, um homem pediu para tirar uma foto com a presidenciável do PCdoB e gravou um vídeo ao lado dela declarando apoio a Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
"A hashtag é Lula livre, Lula inocente e Lula presidente", falou o deputado Paulo Teixeira ao sair da reunião para se dirigir à PF.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil