Uma cena digna de um noticiário policial marcou a manhã da jornalista Paula Martins, de Paranaguá, no litoral do Paraná. Em um desabafo emocionante publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira (5), ela relatou que seu filho foi brutalmente agredido por engano na frente de um colégio estadual, enquanto apenas fazia um favor a um amigo. O episódio, que poderia ter terminado em tragédia, gerou indignação na cidade e levou à prisão do agressor.
Segundo Paula, o adolescente estava de bicicleta, acompanhado do primo, quando foi surpreendido por dois homens. Ele havia ido ao colégio para entregar um carregador a um colega, quando foi atacado pelas costas com golpes violentos. A agressão só cessou após uma testemunha alertar os agressores de que haviam confundido o jovem com outra pessoa. Ao perceberem o erro, os autores tentaram se desculpar e até ofereceram dinheiro, mas foram impedidos de sair do local por quem presenciou a cena.
A mãe do garoto foi chamada imediatamente e, ao chegar ao local, encontrou o filho com o corpo marcado pelas agressões. “Quem bateu no meu filho?”, perguntou, ainda em choque. Segundo ela, o agressor, um rapaz de 19 anos, confundiu seu filho com outro jovem que o teria agredido anteriormente. O ataque foi tão impulsivo que não houve qualquer tentativa de verificação da identidade da vítima antes da violência começar.
Paula afirmou que não abriu mão da representação criminal, destacando que episódios como esse refletem a crescente sensação de impunidade e a urgência de se reafirmar os limites legais e sociais. “As pessoas saem fazendo o que querem, sem pensar nas consequências. Não dá mais para aceitar isso como normal. É um alerta. Poderia ter sido fatal”, comentou ao Portal XV Curitiba.
O caso foi atendido pela Polícia Militar, que prendeu o agressor em flagrante. Ele foi encaminhado à delegacia, onde prestou depoimento e agora responderá criminalmente. Paula elogiou o atendimento da polícia e reforçou que levará o processo até as últimas instâncias, para que sirva de exemplo.
Além do trauma físico, a jornalista relatou o impacto psicológico que o episódio causou em seu filho, que durante as agressões apenas implorava para não ser machucado, oferecendo sua bicicleta e celular, achando que era vítima de um assalto. “Ele foi espancado por alguém bem vestido, acompanhado do próprio pai, uma família relativamente conhecida aqui em Paranaguá. Isso é ainda mais revoltante”, disse.
A jornalista encerrou sua fala com uma reflexão sobre o papel dos pais na formação dos jovens. “Nós, pais, devemos ser os freios sociais dessa juventude a fim de ensiná-los. E essa juventude precisa entender que sim, há consequências para cada caminho escolhido.”
O caso acendeu um debate importante sobre violência impulsiva, responsabilidade familiar e o impacto de decisões impensadas. Por pouco, uma tragédia não foi registrada. E, para Paula, ver o filho dormindo em casa naquela noite foi, nas suas palavras, um “alívio com gosto de luta”.
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