O tradicional prato brasileiro, o feijão com arroz, trouxe alívio ao bolso dos consumidores em 2025. De acordo com o Boletim da Inflação, divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), os preços do feijão preto e do arroz apresentaram as maiores quedas entre os alimentos monitorados em Curitiba e Região Metropolitana pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado mensalmente pelo IBGE.
Entre janeiro e julho, o feijão preto acumulou retração de 29,47%, enquanto o arroz registrou queda de 17,63%. O economista da Fecomércio, Lucas Dezordi, destacou que a mesma tendência foi observada em todo o estado. Dados do Ipardes apontam que, nos últimos 12 meses, o preço do feijão preto caiu 27,51% no Paraná, e o arroz branco recuou 22,29%, reflexo de uma boa safra e da redução dos custos de produção.
Apesar do alívio proporcionado pelos dois itens essenciais da mesa do brasileiro, o IPCA de julho mostrou avanço de 0,26% no Brasil, com Curitiba e Região Metropolitana registrando alta um pouco maior, de 0,33%. Alguns produtos tiveram elevação expressiva, como o pepino (+43,37%), a tangerina (+22,07%), a passagem aérea (+21,52%), a banana-d’água (+9,18%) e a melancia (+8,43%). No acumulado do ano, o pepino lidera as altas com mais de 100%, seguido por manga (+48,99%), café moído (+44,94%) e tomate (+32,95%).
O balanço revela que, embora alimentos básicos estejam mais acessíveis, outros produtos e serviços continuam pressionando a inflação, reforçando a importância do acompanhamento constante dos preços para avaliar o impacto no orçamento das famílias.







