Ex-policial que matou tesoureiro do PT irá a júri popular em Curitiba

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O caso que gerou grande repercussão em Foz do Iguaçu em 2022 chega a um ponto decisivo em Curitiba. Jorge José Guaranho, ex-agente penal acusado de assassinar Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, será julgado pelo Tribunal do Júri na capital paranaense em 11 de fevereiro. A transferência do julgamento, anteriormente marcado para Foz, ocorreu após a defesa argumentar que a forte comoção local poderia comprometer a imparcialidade dos jurados.

A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, conduzirá o processo, que será pautado por rigorosos procedimentos legais. Guaranho enfrenta acusações de homicídio duplamente qualificado, com agravantes de motivo fútil e perigo comum, além de violência política. A família de Arruda e a acusação buscam a pena máxima, destacando o caráter político do crime como elemento central.

O júri, com duração prevista de dois dias, terá uma sequência bem definida. Após a seleção dos jurados, 12 testemunhas serão ouvidas, sendo 11 de forma presencial e uma por videoconferência. Em seguida, será a vez dos debates entre acusação e defesa, culminando na deliberação do conselho de sentença.

Esse julgamento é o desfecho de uma longa trajetória marcada por adiamentos e reviravoltas. Inicialmente agendado para dezembro de 2023, o processo foi postergado por questões processuais. Em abril de 2024, a sessão foi suspensa após a defesa abandonar o plenário. Para garantir transparência e equidade, a juíza determinou a transferência de todos os documentos e provas para Curitiba, assegurando acesso integral às partes.

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