A Polícia Federal (PF) identificou um ex-policial militar como o principal líder de uma organização criminosa que importava mercadorias ilegais, principalmente eletrônicos, do Paraguai para o Brasil. O esquema foi revelado durante uma operação realizada nesta quinta-feira (6), que resultou na prisão de cinco suspeitos em diversos estados, incluindo Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Um sexto suspeito, que está fora do país, é considerado foragido.
A investigação, conduzida pela PF, apontou que o ex-policial declarou um patrimônio impressionante de R$ 235 milhões, o que levantou suspeitas. Além do ex-policial militar, outros servidores públicos, como policiais civis e penais, também estavam envolvidos. Esses servidores pediram exoneração de seus cargos para se dedicar integralmente às atividades ilícitas da organização criminosa.
O Esquema
O grupo operava desde 2014, adquirindo mercadorias de fornecedores nos Estados Unidos, China e Hong Kong. As remessas eram enviadas ao Paraguai e, posteriormente, introduzidas ilegalmente no Brasil através da fronteira no Paraná. De lá, os produtos eram distribuídos para vários estados brasileiros.
A investigação começou com um relatório de inteligência que identificou movimentações financeiras atípicas associadas ao grupo. A Receita Federal colaborou com a investigação, destacando o elevado patrimônio declarado pelo ex-policial como um ponto crucial na identificação da organização criminosa.
Operação e prisões
Durante a operação, a PF cumpriu mandados em quatro estados, resultando na prisão de cinco indivíduos. O nome dos suspeitos não foi divulgado oficialmente. Além das prisões, a operação visou apreender bens e documentos que possam ajudar a desmantelar completamente a rede de contrabando.