José Adilson Maguila, um dos ícones do boxe brasileiro, faleceu na última quinta-feira, 24 de outubro, aos 66 anos. A triste notícia foi confirmada pelo Instituto Maguila, que, em comunicado, expressou pesar pela perda de um grande atleta que fez história no esporte. O ex-boxeador deixa um legado notável, tanto dentro quanto fora dos ringues.
Maguila construiu uma carreira impressionante ao longo de 17 anos como profissional, participando de 85 lutas, das quais venceu 77. Seu talento e dedicação ao esporte o levaram a conquistar o título de Campeão Mundial de Boxe pela Federação Mundial de Boxe em 1995, um feito considerado de grande relevância na época, uma vez que a categoria era vista como uma das principais do boxe. Essa conquista não apenas destacou suas habilidades no ringue, mas também elevou o nome do Brasil no cenário internacional do boxe.
Durante sua trajetória, Maguila teve a oportunidade de enfrentar alguns dos maiores nomes do boxe, incluindo lendas como Evander Holyfield e George Foreman. Essas lutas, marcadas por grande competitividade e emoção, contribuíram para consolidar sua reputação como um dos grandes pesos pesados de sua época.
No entanto, a vida do ex-atleta não foi apenas feita de glórias. Nos últimos anos, Maguila lutava contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição neurológica que, segundo especialistas, está frequentemente associada a traumas repetidos na cabeça, como os que ocorrem em esportes de combate. Esse diagnóstico afetou profundamente sua saúde e qualidade de vida, mas a coragem e resiliência demonstradas por ele em sua vida pessoal e profissional foram admiráveis.