Os Estados Unidos intensificaram suas ações contra o governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ao anunciar novas sanções a oito autoridades venezuelanas e elevar a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para 25 milhões de dólares. A medida ocorre no momento em que o presidente inicia seu terceiro mandato, nesta sexta-feira (10).
Entre os sancionados estão Hector Obregon, recentemente nomeado chefe da PDVSA, estatal de petróleo venezuelana, e Ramon Velasquez, ministro dos Transportes. Essas sanções fazem parte de uma série de ações punitivas adotadas pela administração de Joe Biden em seus últimos dias de governo.
As tensões entre os EUA e a Venezuela se aprofundaram desde as eleições presidenciais, realizadas no ano passado. O governo de Maduro alega ter vencido o pleito, mas enfrenta acusações de irregularidades eleitorais tanto pela oposição quanto por observadores internacionais. A oposição, liderada pelo exilado Edmundo González, afirma ter vencido de forma esmagadora, apresentando contagens próprias de votos e conquistando o apoio de vários governos, incluindo os Estados Unidos.
O governo venezuelano, por sua vez, acusa a oposição de fomentar conspirações e deteve membros proeminentes do grupo antes da posse de Maduro. Edmundo González, que vive no exílio, enfrenta ameaças de prisão caso retorne ao país.
A comunidade internacional segue dividida sobre o reconhecimento da legitimidade do governo de Maduro. Enquanto isso, o líder venezuelano mantém o apoio de aliados como China, Rússia e Irã, além de setores das Forças Armadas venezuelanas, mesmo em meio à pressão crescente das sanções internacionais.