Com este título, o vídeo da psicóloga Maria Rafart já alcançou, somente no Instagram, a marca de 168 mil visualizações. A consulente em questão é um de seus 38 mil seguidores, em grande parte mulheres, e muitas delas escrevem seus casos em mensagens diretas, buscando uma resposta da Maria em vídeo. Maria Rafart explica que “este caso específico teve seus desdobramentos, e a seguidora em questão às vezes me escreve para agradecer e atualizar sobre sua vida: conta que não se prostitui mais, que buscou atendimento psicológico em sua cidade e me manda fotos da família”.
“Tenho ainda o canal do Youtube, o Twitter e o Facebook, e sinceramente, embora eu replique os mesmos vídeos por lá, não tenho muito tempo de contar, então não sei quantas visualizações este caso específico obteve nas outras plataformas”. Por falar em contagem, o total de visualizações atualmente passa de incríveis 3 milhões!
São casos como este os relatados diariamente por Maria Rafart em seu Igtv no perfil @maiarafart1 do Instagram. “Gravo um vídeo por dia, do caso que eu achar mais importante naquele momento, ou que me inspire a dar uma resposta mais acertada”. As outras demandas, conta ela, são todas respondidas, via mensagem direta. “Não é terapia, isso eu também faço on-line, mas com autorização do Conselho Regional de Psicologia, dentro das normativas éticas da minha profissão”. Os aconselhamentos, relata ela, confortam seus consulentes, e muitos deles são no sentido de se procurar ajuda especializada, como foi o caso da seguidora citada no início da matéria.
Maria Rafart afirma que muitos dos males em relacionamentos afetivos originam-se na falta de confiança em si próprio e no outro. “Numa estatística informal, eu diria que o campeão dos assuntos é a traição, e me escrevem tanto traidores, como traídos”. Há quem sofra também, nesta onda de desconfianças, de autoestima rebaixada, revela ela, “o que implica num desvalor próprio, que leva a suportar situações francamente abusivas”, completa.
E não é só a Maria quem comenta os casos: os vídeos abrem uma espécie de fórum entre os seguidores, que opinam sobre o caso, discutem entre si, e abrem outras soluções para a demanda. Maria Rafart afirma que faz a curadoria pessoalmente, e que quando percebe que há algo que saia do controle, ela mesma responde ao seguidor mal-educado, para que se corrija nas demais ocasiões. Ela afirma que bloqueia seguidores inconvenientes só em último caso, pois “quem escreve em busca de aconselhamento por vídeo, já sabe que os demais irão comentar, e há um efeito positivo, de grupo, no conjunto de todas as opiniões”, afirma.