Na noite de quinta-feira, 18 de julho, a Polícia Militar (PM) de Curitiba fez uma descoberta surpreendente em um apartamento de alto padrão no bairro Alto da Glória. Uma estufa de maconha foi encontrada em pleno funcionamento dentro do imóvel, localizado na Avenida João Gualberto, após denúncias de vizinhos que relataram um cheiro suspeito vindo do local.
A ação teve início com uma ligação para o 190, na qual os moradores da região alertaram sobre o odor característico da droga. Em resposta, uma equipe da PM foi enviada ao endereço. Ao chegar, os policiais optaram por aguardar discretamente no estacionamento do prédio, esperando o momento oportuno para abordar um dos ocupantes do apartamento.
Pouco tempo depois, um homem foi visto saindo do edifício em direção ao estacionamento. Ele foi abordado pela equipe e, ao ser questionado, admitiu possuir algumas plantas de maconha dentro da residência. A revelação inicial, no entanto, subestimou a magnitude do que estava prestes a ser descoberto.
Com a entrada autorizada no apartamento, os policiais se depararam com uma estrutura altamente sofisticada dedicada ao cultivo da droga. Centenas de pés de maconha estavam dispostos em um sistema avançado de cultivo, que incluía tecnologia de ponta em iluminação e controle ambiental, essencial para a produção em larga escala. Além disso, os agentes encontraram um cardápio detalhado, com diversas espécies da planta e seus respectivos preços em Euros, sugerindo um mercado bem organizado e possivelmente internacional.
A operação resultou na apreensão de 197 pés de maconha, alguns dos quais já estavam prontos para o consumo. O responsável pelo cultivo, que foi preso em flagrante, tentou justificar sua ação alegando que sofre de hiperatividade e que a droga era para uso pessoal. Contudo, essa versão dos fatos não convenceu os policiais. “É bastante coisa, essa história não convence”, afirmou o Soldado Ferraz da Polícia Militar.
O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes de Curitiba, onde permanecerá à disposição da justiça enquanto o caso é investigado. A quantidade e a sofisticação da operação levantam suspeitas sobre o verdadeiro propósito do cultivo, que ultrapassa o consumo próprio, como alegado pelo detido.