Estudante brasileira é encontrada morta na Bolívia e adolescente é apreendido por feminicídio

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Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

Uma estudante brasileira de 36 anos, identificada como Jenife Socorro Silva, foi encontrada morta no apartamento onde morava, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A polícia local investiga o caso como feminicídio. O principal suspeito do crime é um adolescente de 16 anos, que já está apreendido e deve responder perante o tribunal de menores.

Natural de Santana, no Amapá, Jenife cursava Medicina na Bolívia e havia concluído o curso recentemente. Ela permanecia no país para realizar o “Grado”, exame necessário para validar o diploma e poder exercer a profissão. A vítima foi localizada no dia 2 de abril, sem roupas e com sinais de estrangulamento e asfixia mecânica, um dia após ter marcado um encontro com o suspeito.

De acordo com as autoridades bolivianas, o adolescente havia mentido sua idade à brasileira, alegando ter 20 anos. O corpo foi encontrado pelo proprietário do imóvel alugado por Jenife, após ele tentar contato sem sucesso. O laudo do exame cadavérico confirmou a causa da morte por asfixia mecânica.

O suspeito foi apreendido menos de 24 horas após o corpo ser descoberto. Apesar de admitir que esteve com a vítima, ele negou envolvimento no assassinato. As investigações indicam que Jenife foi a última pessoa a se comunicar com o adolescente. O jovem permanece internado provisoriamente por 45 dias no Centro Nueva Vida Santa Cruz.

A família da estudante, que mora no Brasil, busca apoio financeiro para cobrir os custos de viagem à Bolívia e para realizar o traslado do corpo. O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz de La Sierra, acompanha o caso e presta a assistência consular à família, mas esclareceu que os custos de repatriação não são cobertos com recursos públicos.

A cidade de Santana organizou manifestações em homenagem à vítima e para cobrar justiça. Também foram registrados protestos na Bolívia. A Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá informou que acompanha o caso e pretende solicitar a realização de perícia complementar no Brasil.

 

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