Na última quinta-feira, dia 27 de junho, o Governo Federal deu um passo significativo em direção à sustentabilidade com o lançamento da Estratégia Nacional de Economia Circular (ENEC). A iniciativa visa substituir o modelo de produção linear, que vai da extração ao descarte, por uma economia circular, que se concentra na eliminação da poluição e na redução da geração de resíduos.
A ENEC estabelece diretrizes focadas na eliminação de resíduos, manutenção do valor dos produtos, regeneração dos sistemas naturais, redução da dependência dos recursos naturais e prolongamento do ciclo de vida dos materiais. Além disso, a criação do Fórum Nacional de Economia Circular, instituído pelo decreto, será responsável pela elaboração de um plano nacional para aplicar esse modelo econômico no Brasil.
“Esse decreto oferece um norte para a discussão do tema, pois consegue unir diferentes atores do ecossistema, tanto no poder público e privado quanto nas organizações sociais e academia, para debater e pensar estratégias. Isso facilita o direcionamento de recursos e cria um ambiente normativo de apoio”, destaca Gustavo Loiola, professor especialista em ESG. “Além disso, essas iniciativas aumentam a visibilidade internacional do Brasil, destacando o país em discussões globais sobre sustentabilidade” afirma.
Apesar dos desafios, como o custo e o acesso ao capital, Loiola acredita que um ambiente regulatório e financeiro favorável ajudará as empresas a investir em tecnologias e infraestrutura necessárias. “A economia circular promove modelos de negócio com ciclos de vida mais longos e produtos com maior durabilidade. Isso não apenas fortalece as relações sustentáveis com o consumidor, como também cria um mercado mais eficiente e responsável”, complementa Gustavo Loiola.