Em uma partida marcada pela intensidade e equilíbrio, a seleção feminina de vôlei dos Estados Unidos derrotou o Brasil por 3 sets a 2 e garantiu vaga na final olímpica. A vitória norte-americana foi consolidada com uma estratégia eficaz de marcação, que neutralizou a principal jogadora brasileira, Gabi.
Gabi, que nos últimos jogos vinha com um aproveitamento superior a 50%, recebeu 47 bolas durante a semifinal, mas conseguiu pontuar em apenas 15 tentativas. A defesa implacável das norte-americanas foi determinante para impedir que a ponteira brasileira desempenhasse seu habitual protagonismo em quadra.
O duelo entre Brasil e Estados Unidos é considerado um dos maiores clássicos do vôlei feminino, com as duas seleções se enfrentando em três das últimas finais olímpicas. O Brasil levou a melhor em Pequim (2008) e Londres (2012), enquanto os Estados Unidos conquistaram o ouro em Tóquio (2020).
No primeiro set, os Estados Unidos começaram impondo um ritmo forte e abriram 5 a 0, dificultando o trabalho das atacantes brasileiras. Em resposta, o técnico José Roberto Guimarães realizou a inversão com Tainara e Macris, o que ajudou o Brasil a equilibrar o jogo. A seleção brasileira conseguiu virar o placar para 16 a 15, mas no final do set, as norte-americanas retomaram a liderança e fecharam em 25 a 23.
O segundo set foi dominado pelo Brasil, com um bloqueio eficiente e grande desempenho da ponteira Ana Cristina. A seleção brasileira manteve a vantagem desde o início, vencendo por 25 a 18 e empatando a partida.
O terceiro set foi novamente dominado pelos Estados Unidos, que anularam o ataque brasileiro e fecharam com um tranquilo 25 a 15.
Pressionado pela necessidade de vencer, o Brasil voltou mais concentrado no quarto set. Gabi melhorou seu desempenho e contribuiu para que a seleção brasileira mantivesse a vantagem no placar. Em um momento crucial, a central norte-americana Ogbogu cometeu uma invasão por cima da rede, dando o set para o Brasil por 25 a 23.
No set decisivo, o Brasil começou melhor e abriu 5 a 3, mas os Estados Unidos reagiram rapidamente e viraram para 12 a 8. As norte-americanas mantiveram a vantagem até o final, fechando o tiebreak em 15 a 11 e garantindo a vitória.