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Empresa curitibana cobra indenização por shows que Chorão não fez por ter morrido

XV CURITIBA
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Segundo o processo, vocalista da banda Charlie Brown Jr. “faleceu sem atender à totalidade das obrigações assumidas”

Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., morreu há sete anos vítima de uma overdose, pondo fim a uma das mais celebradas bandas do rock nacional. Sete meses após a morte do pai, o filho de Chorão, Alexandre Ferreira Lima Abrão, recebeu uma notificação extrajudicial de uma produtora de eventos paranaense cobrando a participação do grupo em shows que não poderia mais fazer.

“Faleceu sem atender à totalidade das obrigações assumidas”, acusava o texto. E continuava apontando que “notoriamente, tais obrigações não poderão [mais] ser atendidas”.

A matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo conta que Alexandre teria ignorado a notificação, que se transformou em um processo na Justiça paulista. A produtora exige R$ 255 mil de indenização e mais R$ 100 mil de multas por descumprimento do contrato. Ao todo, seriam 12 shows da banda, mas apenas três foram realizados.

“Com a morte de Chorão, o capital investido deixou de fazer o lucro esperado”, explicou o advogado da empresa, que também afirmou que o músico teria recebido R$ 255 mil adiantados.

Reginaldo Ferreira Lima, advogado e avô materno do filho de Chorão, diz que o pedido de indenização é uma “loucura”. “Naturalmente, o Chorão não tinha como fazer os shows, ele morreu…”. E sustenta o argumento de que uma indenização deve decorrer de um dano causado por ato ilícito e voluntário. “É óbvio que não há como imputar qualquer ato ilícito a ele.”

No decorrer do processo a produtora conseguiu ganho de causa contra a família de Chorão, com o juiz do caso determinando o pagamento de R$ 325 mil, considerando a restituição dos valores e a multa. Mas a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça, sob o argumento de que a produtora não conseguiu provar que fez o adiantamento ao vocalista.

Alexandre, filho de Chorão, questiona a autenticidade da assinatura no contrato, afirmando que a letra não é a do seu pai. Os desembargadores do Tribunal pediram uma perícia para apurar se a letra é realmente do ex-vocalista do Charlie Brown Jr.

Às informações são do OP9

 

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