As medidas mais restritivas para conter o avanço da covid-19 determinadas pelo Governo do Estado e acatadas pela Prefeitura de Curitiba tiveram reflexo no movimento no transporte coletivo. O número de passageiros teve redução de 24,6%, o que significou 97 mil usuários a menos por dia.
Nesta terça-feira (2/3), foram 297.220 passageiros nos ônibus da capital. Na terça-feira anterior (23/2), quando as novas medidas ainda não estavam em vigor, o movimento havia sido de 394.353 passageiros.
Na segunda-feira (1/3), o movimento foi semelhante ao de terça, com 299.695 passageiros, 90,5 mil a menos do que na segunda-feira da semana anterior (390.189). Os dados são da Urbanização de Curitiba (Urbs) que administra o transporte coletivo na capital.
As medidas mais recentes para conter a pandemia estão previstas no decreto municipal nº 400/2021. Entre elas estão o fechamento de atividades não essenciais, a suspensão das aulas, a ampliação do regime de home office em empresas e repartições públicas, além do toque de recolher das 20h até 5h.
A diminuição de circulação de pessoas teve impacto direto no volume de pessoas nos ônibus. Com o toque de recolher, o movimento de passageiros entre 20h e 23h no transporte coletivo caiu 44%. Ontem (2/3) foram 15.081 pessoas contra 26.893 na terça da semana passada (23/2).
Com a redução verificada nessa semana, o número de passageiros atualmente no transporte coletivo de Curitiba está 60% menor do que antes da pandemia, que era de 754 mil por dia.
Apesar da queda no movimento, a Urbs não vai fazer alterações nas tabelas e nem reduzir a frota, segundo o presidente da empresa, Ogeny Pedro Maia Neto.
O transporte coletivo opera com uma frota de cerca de mil veículos (80% do total). As principais linhas, no entanto, funcionam com 100% da frota. A lotação máxima nos ônibus é de 70%.