A busca histórica de Ymanitu Silva e Leandro Pena por uma medalha no tênis em cadeira de rodas para o Brasil nas Paralimpíadas chegou a um desfecho emocionante nesta quarta-feira (4), em Roland Garros. Enfrentando uma forte dupla sul-africana, Donald Ramphadi e Lucas Sithole, os brasileiros batalharam até o último ponto na disputa pelo bronze, mas saíram derrotados por 2 sets a 1, com parciais de 6/2, 4/6 e 10/8.
O jogo começou promissor para Ymanitu e Leandro, que conseguiram quebrar o serviço dos adversários logo no primeiro game. No entanto, a resposta dos sul-africanos foi rápida e implacável. Com uma sequência de cinco games consecutivos, Ramphadi e Sithole dominaram o set inicial, fechando em 6/2, aproveitando-se de erros não forçados da dupla brasileira.
No segundo set, Ymanitu e Leandro mostraram resiliência e determinação. Após uma quebra de serviço no terceiro game, abriram 3/1 e pareciam controlar o jogo. Mas os sul-africanos reagiram mais uma vez, igualando o placar em 3/3. A dupla brasileira, no entanto, manteve o foco e, com uma nova sequência positiva, fechou o set em 6/4, levando a decisão para o tiebreak.
O set de desempate foi um verdadeiro teste de nervos para ambas as duplas, que se alternaram na liderança. Empatados em 8/8, o bronze estava ao alcance de qualquer um. Contudo, a dupla sul-africana aproveitou melhor os momentos decisivos, conquistando dois pontos seguidos após erros dos brasileiros, e garantiu a primeira medalha da África do Sul na modalidade, fechando o tiebreak em 10/8.
Antes de chegar à disputa pelo bronze, Ymanitu e Leandro tiveram um início de campanha promissor. A dupla venceu com tranquilidade os turcos Ugun Altinel e Ahmet Kaplan, por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1, demonstrando grande entrosamento e habilidade. Porém, na semifinal, enfrentaram a forte dupla britânica formada por Andy Lapthorne e Gregory Slade, onde, apesar do esforço, não conseguiram avançar para a final.
Apesar do resultado, a participação de Ymanitu Silva e Leandro Pena em Roland Garros representa um marco importante para o tênis em cadeira de rodas brasileiro, demonstrando evolução e competitividade em nível internacional.
