Dólar cai com avanço nas negociações entre EUA e China

2 Min de leitura
Foto: Ilustração.

O mercado financeiro iniciou maio com tranquilidade, influenciado pela possibilidade de retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O dólar caiu nesta sexta-feira (2) e acumulou baixa na semana, enquanto a bolsa de valores encerrou o dia praticamente estável, após ter operado em queda pela manhã.

O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,654, com recuo de R$ 0,023, o equivalente a -0,41%. A moeda chegou a R$ 5,62 por volta das 11h, após forte queda durante a manhã, mas mesmo com a recuperação parcial à tarde, manteve a tendência de baixa. Com esse desempenho, o dólar acumulou queda de 0,58% na semana e, em 2025, já recua 8,51%.

Na bolsa, o Ibovespa, principal índice da B3, teve um dia de maior volatilidade. Após registrar queda de 0,52% às 11h07, conseguiu se recuperar no fim do pregão e encerrou aos 135.134 pontos, com alta discreta de 0,05%. No acumulado da semana, o índice subiu 0,29%.

Sem notícias econômicas relevantes no cenário interno, os fatores internacionais dominaram o comportamento do mercado. No início do dia, a divulgação da criação de 177 mil empregos nos Estados Unidos em abril — número acima do esperado — trouxe pressão para a alta do dólar, já que a força do mercado de trabalho norte-americano pode adiar uma possível redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed).

Entretanto, o anúncio feito pelo Ministério do Comércio da China, de que os Estados Unidos buscaram o país para iniciar conversas sobre as tarifas de 145% impostas pelo governo de Donald Trump há um mês, teve maior peso no mercado global. A sinalização de uma possível trégua comercial impulsionou o recuo do dólar em diversos países, favorecendo economias emergentes como a brasileira. A China, maior compradora de commodities no mundo, influencia diretamente as exportações de produtos agrícolas e minerais, o que trouxe otimismo para o setor externo brasileiro.

 

Compartilhe o artigo