Uma diretora de uma casa lar no município de Lupionópolis, norte do Paraná, foi afastada de suas funções após uma decisão judicial que responde a uma denúncia de agressão contra uma adolescente com deficiência. A medida foi determinada pela Justiça após um pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), que relatou maus-tratos contra a jovem, de 15 anos, diagnosticada com esquizofrenia e Transtorno Opositor Desafiador (TOD).
A situação foi registrada por câmeras de segurança da instituição, nas quais é possível ver a adolescente atacando a diretora com um guarda-chuva. A diretora, no entanto, reagiu de forma desproporcional, tomando o objeto e agredindo a adolescente várias vezes. O MPPR ressalta que, em vez de manejar a situação de maneira apropriada à sua função e formação, a profissional optou por uma resposta violenta.
Diante dos indícios de agressão, o MPPR solicitou à Justiça o afastamento cautelar da diretora. A decisão judicial impôs uma ordem restritiva que proíbe a diretora de se aproximar da adolescente a menos de 300 metros e de manter qualquer contato com a vítima, seja pessoal ou por meio de comunicações eletrônicas. Além de sua atuação na casa lar, a investigada também exerce atividades como professora nas redes municipal e estadual de ensino.
A Promotoria de Justiça de Centenário do Sul, responsável pelo caso, destacou ainda que não se trata da primeira acusação de agressão relacionada à diretora. Ela já é alvo de outros dois inquéritos, investigada por denúncias de constrangimentos e maus-tratos contra outras crianças e adolescentes sob sua responsabilidade.
A adolescente, que foi acolhida pela casa lar após a perda do poder familiar dos pais, recebe acompanhamento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da região. A investigação segue em andamento e o MPPR monitora o cumprimento da ordem judicial, que busca garantir a proteção e bem-estar da jovem e de outros acolhidos na instituição.