Nesta terça-feira, 23 de julho, o juiz César Maranhão de Loyola Furtado, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), condenou o deputado Renato Freitas a três meses de detenção. A decisão é resultado de uma ação movida pelo Ministério Público do Paraná, que acusou o deputado de pichar uma loja da rede Carrefour em Curitiba.
O caso ocorreu em 21 de novembro de 2020, durante uma manifestação em repúdio ao espancamento e assassinato de João Alberto Silveira Freitas, ocorrido em um supermercado Carrefour em Porto Alegre. O protesto, que visava denunciar a violência contra as vidas negras, mobilizou milhares de pessoas em Curitiba e em outras cidades brasileiras, gerando grande repercussão nacional.
A pichação feita por Renato Freitas foi parte das ações realizadas durante a manifestação. O ato, que visava chamar a atenção para a brutalidade do caso, acabou resultando em processos judiciais. A sentença do juiz César Maranhão permite que a pena de três meses de detenção seja convertida em serviços comunitários, uma alternativa que já foi sugerida pelo próprio tribunal.
Renato Freitas anunciou que pretende recorrer da decisão judicial. Segundo ele, a manifestação foi um ato legítimo de expressão e resistência contra a violência racial que ainda persiste no país.