Na semana passada, o deputado estadual Renato Freitas, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi submetido a uma revista pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, enquanto se preparava para embarcar em um voo com destino a Londrina. Os agentes alegaram que a inspeção foi realizada de forma “aleatória”.
Segundo um vídeo divulgado pelo deputado em suas redes sociais, um agente da PF explicou que se tratava de uma verificação aleatória. “É aleatório. Uma certa contagem de pessoas. Quando o sistema pede para fazer, tem que ser feito na mochila e na pessoa”, declarou o agente.
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Federal informou que foi acionada para auxiliar um agente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na inspeção de um passageiro que teria se recusado a passar pelo procedimento de segurança no aeroporto de Curitiba. Segundo a PF, a equipe de inspeção do aeroporto acionou os agentes para que eles acompanhassem o agente da Anac até a aeronave e realizassem a inspeção.
Ainda de acordo com a nota da Polícia Federal, todos os procedimentos foram realizados de acordo com as normas da Anac e eventuais abusos ou falhas na condução do procedimento serão apurados. O órgão afirmou também que a inspeção é uma medida padrão que visa garantir a segurança de todos os passageiros que utilizam o transporte aéreo.
O caso de Renato Freitas gerou polêmica nas redes sociais e deve ser acompanhado de perto pelos defensores dos direitos dos parlamentares. Alguns políticos já se manifestaram nas redes sociais em solidariedade ao deputado, enquanto outros defendem a ação da Polícia Federal e da Anac. O caso também deve levantar questionamentos sobre os limites do poder de investigação das autoridades e sobre a necessidade de garantir os direitos dos passageiros nos aeroportos do país.
A equipe do parlamentar nega a versão da PF e afirma que ele não se recusou a fazer a inspeção. Segundo eles, a segurança responsável teria deixado o deputado “falando sozinho” e se retirado do local sem dar explicações. O caso deve ser investigado pela Corregedoria da Polícia Federal.