O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, Filipe Barros (PL-PR), anunciou neste sábado (14) que o colegiado vai apreciar uma moção de solidariedade a Israel e ao seu direito de existir como Estado. A medida ocorre em meio à escalada de tensão no Oriente Médio, após os recentes ataques aéreos israelenses contra alvos militares e nucleares no Irã.
Segundo Barros, as operações de Israel têm caráter defensivo e miram, exclusivamente, estruturas militares iranianas. O deputado justificou a ação como uma resposta necessária diante das ameaças constantes que, segundo ele, o Irã representa para o Estado de Israel. “Em todo o Oriente Médio e mundo árabe, apenas um Estado não aceita a existência de Israel, o Irã. Direta e indiretamente, o Irã atua para, como dizem publicamente seus dirigentes, ‘varrer Israel do mapa'”, afirmou.
O parlamentar também destacou que o Irã tem histórico de envolvimento em ataques contra Israel por meio de grupos como Hamas, Hezbollah e os Houthis, do Iêmen. Filipe Barros mencionou ainda os atentados de outubro de 2023, quando civis israelenses foram alvos de ações do Hamas.
Barros aproveitou para criticar a postura do governo brasileiro frente ao conflito. Segundo ele, a nota divulgada pelo Itamaraty na sexta-feira (13), ao pedir o fim das hostilidades, condenou apenas Israel e, na visão do deputado, demonstrou um alinhamento com regimes que desrespeitam o Direito Internacional. “A nota exorta as partes ao fim das hostilidades, mas condena apenas Israel, num reconhecimento tácito de que o Irã tem o direito de eliminar toda uma nação”, declarou.
Ao tratar da questão palestina, o presidente da CREDN reforçou que, na sua visão, a paz na região não é de interesse do Irã nem de grupos por ele financiados. Barros mencionou a Iniciativa de Paz Árabe de 2002, proposta liderada pela Arábia Saudita, como um caminho viável para uma solução de dois Estados. Para o deputado, o Irã tem sabotado iniciativas de paz ao longo das últimas décadas, ao financiar conflitos e apoiar grupos extremistas.
Barros também acusou o Irã de manipular o sofrimento do povo palestino para sustentar seu discurso político. “O problema do terrorismo e do extremismo não se limita à relação com Israel. É uma questão que afeta vários países árabes e precisa ser resolvida dentro de suas fronteiras”, concluiu.
A data da reunião da CREDN que analisará a moção de solidariedade ainda será definida.
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