A segunda secretária da Assembleia Legislativa, deputada Maria Victoria (PP), apresentou, nesta semana, um projeto de lei (PL 53/2023) para criar a Política Estadual do Hidrogênio Renovável. O hidrogênio classificado como renovável é aquele obtido a partir de fontes renováveis, em um processo de baixa emissão de carbono.
A deputada explica que o objetivo do Plano Estadual é estimular o uso do hidrogênio renovável em suas diversas aplicações e, em especial, como fonte energética (combustível) e na produção de fertilizantes agrícolas.
“Queremos trabalhar junto ao Governo do Estado e ao setor produtivo na construção de uma legislação moderna e eficiente, que coloque o Paraná no protagonismo das pesquisas e das aplicações do hidrogênio renovável”, afirma Maria Victoria.
Recentemente, o Governo do Paraná anunciou a realização de um evento em maio sobre o tema Hidrogênio Renovável. O assunto está sendo coordenado pelo secretário estadual do Planejamento, Guto Silva.
Paraná
“O estímulo do poder público à cadeia produtiva do hidrogênio renovável é estratégico para a economia do Paraná. Uma ampla ação coordenada e integrada que alie desenvolvimento tecnológico, geração de riquezas e proteção ao meio ambiente”, reforça Maria Victoria.
A deputada Maria Victoria pontua ainda que a tecnologia do hidrogênio renovável vem despertando interesse em diversos países para o desenvolvimento dos setores de energia elétrica, transporte público, agricultura, industrial, gás natural, entre outros.
“Temos no Paraná características importantes para o desenvolvimento dessa tecnologia: matriz energética de fontes limpas e renováveis, grande produção agropecuária e um mercado consumidor de fertilizantes”.
Fertilizantes
Além da geração de combustível, o hidrogênio renovável, ao ser combinado com gás carbônico, gera a produção de ureia, utilizada como fertilizante pelos produtores rurais.
Atualmente o Brasil é o quarto país que mais consome fertilizante no mundo, mas importa cerca de 80 % de tudo que é utilizado nos campos, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
“Temos 36% do PIB do Estado ligado ao setor agropecuário. O hidrogênio renovável tem o potencial de aumentar a capacidade de produção de fertilizantes e por consequência reduzir a dependência de importação. Possui uma relevância estratégica do tema para o Paraná”, reforça Maria Victoria.
Meio Ambiente
A Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que o uso do Hidrogênio Renovável ajudaria a se economizar cerca de 830 milhões de toneladas anuais de CO2, que seriam originados a partir da produção desse gás tendo como fonte os combustíveis fósseis.