Os motoristas e o mecânico envolvidos no acidente com o ônibus desgovernado que matou o empresário Marcos Lazario, no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, prestaram depoimentos na Delegacia de Trânsito da Polícia Civil. As investigações apontam que o veículo apresentou falhas mecânicas em dois momentos antes da tragédia.
O primeiro motorista relatou que o problema inicial ocorreu na Praça Rui Barbosa, quando o sistema de ar, responsável pelos freios e pela abertura das portas, apresentou falha. Um mecânico foi acionado e identificou um vazamento de ar em uma conexão sob o ônibus. Após o reparo no local, o veículo foi liberado para seguir viagem.
No entanto, a situação se agravou durante o trajeto na Avenida Iguaçu. Após nova pane mecânica, os passageiros foram retirados e um segundo motorista assumiu o veículo para levá-lo até a garagem da empresa. Em seu depoimento, o condutor afirmou que, durante o percurso, o ônibus perdeu completamente os freios. Ele tentou alertar as pessoas buzinando e desviou na tentativa de evitar uma tragédia maior, mas acabou colidindo com carros parados no semáforo.
O mecânico responsável pelo primeiro conserto afirmou que o vazamento detectado era um problema aparentemente simples e que a decisão de não guinchar o veículo foi tomada pela avaliação inicial. Segundo ele, a falha nos freios, que resultou no acidente, não teria ligação direta com o problema no sistema de ar.
As investigações seguem em andamento e uma perícia está sendo realizada no ônibus para determinar com exatidão as causas das falhas mecânicas. A Polícia Civil busca esclarecer se houve falha humana ou técnica no procedimento adotado após os problemas relatados.