Paulo Eduardo Martins é o deputado paranaense que mais economizou a cota parlamentar
O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) é um dos parlamentares mais econômicos do Brasil. De acordo com os dados disponíveis no Portal da Transparência da Câmara, de janeiro a dezembro de 2021, Martins usou R$ 52. 706, 36 dos cerca de R$ 466 mil que poderia utilizar da cota parlamentar. O desempenho coloca Paulo Eduardo Martins como o mais econômico do Paraná, com uma larga distância entre os demais colegas. Há deputados paranaenses que gastaram quase o teto.
A cota parlamentar é a antiga verba indenizatória, usada para custear os gastos dos deputados com a atividade parlamentar. Nela estão incluídas, por exemplo, despesas com passagens aéreas, telefonia, serviços postais, manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar e hospedagens. O valor mensal disponível para cada deputado depende do seu estado de origem. Isso porque, o custo do deslocamento varia muito em um país de dimensões continentais, como o Brasil. Uma passagem do Amazonas para Brasília é mais cara do que uma de Goiás, para a capital, por exemplo. Os deputados do Paraná têm uma cota mensal de R$ 38.871, 86. Os valores usados por cada parlamentar e disponíves para consulta no Portal da Transparência podem apresentar variações diárias. Isso acontece porque os gabinenetes têm um prazo de até 90 dias para apresentar as notas de gastos. E os valores de notas apresentadas dentro desse prazo são debitadas da cota do mês a que a despesa se refere.
Para Paulo Eduardo Martins, que gastou a maior parte da verba em viagens entre Curitiba e Brasília, sempre houve uma preocupação com a boa administração do dinheiro público. “Não é porque existe um valor disponível que eu preciso gastá-lo. A regra no meu gabinete sempre foi responsabilidade. Usar apenas o que é necessário para o andamento do trabalho, economizar em tudo o que é possível”, explica o deputado. Martins complementa: “Isso não é mérito. É minha obrigação e faz parte daquilo que eu acredito”.
O valor economizado da cota parlamentar volta para o orçamento da Câmara. Mas, ainda em março de 2020, no início da pandemia do coronavírus, Paulo Eduardo Martins já havia protocolado um requerimento para que tudo o que economizasse fosse destinado ao Ministério da Saúde, para aplicação no tratamento e prevenção da COVID-19.