A influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra deixou a prisão na manhã desta terça-feira (24), após passar semanas detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco. A soltura foi determinada na noite anterior pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que avaliou o caso e decidiu pela revogação da prisão preventiva.
Deolane foi presa no dia 4 de setembro durante uma operação que investigava crimes de lavagem de dinheiro e práticas de jogos ilegais. Na mesma operação, sua mãe também foi detida. No dia 9 de setembro, a Justiça havia autorizado a soltura de Deolane, mas o descumprimento de medidas cautelares impostas levou à sua nova prisão no dia seguinte.
A recente decisão de soltura foi fundamentada na avaliação de que o Ministério Público ainda não havia apresentado provas suficientes para formalizar uma denúncia, como destacou o desembargador Maranhão. Segundo ele, a falta de evidências robustas comprometia a legitimidade da prisão preventiva, conforme as normas penais.
Apesar da liberdade concedida, Deolane Bezerra, assim como outras 14 pessoas beneficiadas pela decisão, deverá seguir uma série de medidas cautelares rigorosas. Entre as principais, estão a proibição de mudar de endereço sem autorização judicial, não se ausentar da comarca de residência sem autorização prévia, e a obrigação de comparecer regularmente à 12ª Vara Criminal da Capital. Além disso, ela está proibida de frequentar empresas ligadas à operação que levou à sua prisão.
Além de Deolane, outras 14 pessoas também foram libertadas, incluindo Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da empresa “Esportes da Sorte”. No entanto, o cantor Gusttavo Lima, que também está sendo investigado no caso, segue sob investigação e teve um pedido de prisão solicitado recentemente, sem ter sido beneficiado pela mesma decisão.
Os advogados de Darwin argumentaram que o Ministério Público ainda não havia apresentado uma denúncia formal, fato que contribuiu para a decisão de soltura. A investigação continua em andamento, e as autoridades devem buscar novas evidências para concluir o inquérito. Enquanto isso, Deolane e os demais beneficiados continuam sob vigilância judicial, cumprindo as condições estabelecidas para sua liberdade provisória.