Na tarde desta sexta-feira, Deltan Dallagnol, ex-deputado federal e ex-procurador da Operação Lava-Jato, confirmou que não irá disputar as eleições municipais de Curitiba em 2024. A decisão vem após sua cassação em maio do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a aplicação da Lei da Ficha Limpa. Dallagnol havia sido acusado de deixar o Ministério Público Federal para evitar possíveis sanções, um movimento que culminou na perda de seu mandato e levantou questões sobre sua futura elegibilidade.
Em uma entrevista concedida ao jornal O GLOBO, Dallagnol esclareceu que não considera a possibilidade de ser vice-prefeito e citou motivos pessoais como fundamentais para sua saída da corrida eleitoral. “Agradeço imensamente pelo apoio que recebi como pré-candidato em Curitiba. Quero que saibam que não estou me afastando da luta. Estou escolhendo lutar em uma frente mais ampla e desafiadora”, afirmou ele, destacando um redirecionamento de seus esforços políticos e sociais.
Recentemente, Deltan teve uma conversa reveladora com o vice-prefeito Pimentel, que apresentou partes de seu plano de governo, demonstrando abertura para uma colaboração com o Partido Novo. Segundo relatos, Dallagnol encontrou mérito nas propostas de Pimentel, descrevendo-o como um político “inovador e correto”. Essa percepção de um projeto de governo competente por parte de um potencial adversário também pesou na decisão de Dallagnol de se retirar da disputa eleitoral. A decisão marca um novo capítulo na trajetória política de Deltan, que segue redefinindo seu papel e suas estratégias no cenário político brasileiro.