O delegado da Polícia Civil do Paraná (PCPR), Fabiano Oliveira, detalhou nesta terça-feira (20) os desdobramentos da investigação sobre a morte de um bebê de três meses em uma creche clandestina localizada no bairro Tatuquara, em Curitiba. Em depoimento à imprensa, o delegado confirmou que a unidade funcionava sem autorização e que, no dia da tragédia, cerca de 20 crianças estavam sob os cuidados de apenas dois adultos.
De acordo com o delegado, o casal responsável pela creche afirmou, durante o interrogatório em flagrante, que normalmente cuidava de cinco a seis crianças, mas que na segunda-feira houve uma “sobrecarga excepcional” devido ao suposto fechamento temporário de algumas creches municipais pela manhã. Isso teria levado mais pais a procurarem o local.
Fabiano Oliveira informou ainda que a Polícia Civil vai confirmar essa informação junto à Prefeitura de Curitiba e identificar se, de fato, houve problemas em unidades oficiais de ensino infantil. O delegado destacou a gravidade da situação, já que a estrutura não era adequada para acomodar um número tão elevado de crianças, especialmente sem a devida qualificação técnica dos responsáveis.
Os proprietários da creche, um homem de 37 anos e uma mulher de 43, relataram que mantinham o serviço há dez anos, sem registros anteriores de incidentes. Alegaram também que já receberam visitas do Conselho Tutelar e da Vigilância Sanitária. A Polícia Civil requisitou relatórios desses órgãos para comprovar a existência de fiscalizações e quais medidas foram tomadas.
Apesar da experiência informal com crianças, o delegado ressaltou que o casal não possui formação técnica em enfermagem, primeiros socorros ou áreas afins. No momento da emergência, o casal realizou manobras orientadas por telefone até a chegada do SAMU, mas o bebê já estava sem vida.
O caso foi inicialmente enquadrado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar — por imprudência. A mulher foi liberada após pagamento de fiança, enquanto o homem permanece detido e será submetido a audiência de custódia. A criança que morreu havia sido levada à creche uma semana antes por indicação de outros pais, que consideravam o local seguro.
A investigação ainda busca apurar se a criança passou por internações recentes por problemas respiratórios, o que pode ter contribuído para o agravamento do quadro de saúde no dia da morte.
Fabiano Oliveira fez um alerta à população sobre os riscos de recorrer a serviços de cuidado infantil não autorizados, mesmo diante da escassez de vagas na rede pública. Segundo ele, o cuidado com crianças exige preparo emocional, técnico e respaldo legal — elementos ausentes no caso em questão.
De acordo com o delegado, o casal responsável pela creche afirmou, durante o interrogatório em flagrante, que normalmente cuidava de cinco a seis crianças, mas que na segunda-feira houve uma “sobrecarga excepcional” devido ao suposto fechamento temporário de algumas creches municipais pela manhã. Isso teria levado mais pais a procurarem o local.” />
Tem uma denúncia, flagrou uma situação inusitada ou quer mostrar algo incrível da sua região?
Fale com a redação do XV Curitiba pelo WhatsApp (41) 98764-2955 📲
👉 Clique aqui e fale direto conosco