Capa – Créd. Renato Mangolin
De 12 a 30 de julho, Curitiba recebe o espetáculo “A Aforista”, do dramaturgo e diretor Marcos Damaceno (Prêmio Shell de dramaturgia por Homem Ao Vento). As apresentações ocorrem no Teatro Zé Maria Santos (R. Treze de Maio, 655 – São Francisco), de quarta-feira a sábado, às 20h, e aos domingos, às 19h.
A peça traz à cena uma mulher, vivida pela premiada Rosana Stavis, apontada pela crítica especializada como uma das melhores atrizes do teatro brasileiro, caminhando sem parar em direção ao enterro de um antigo amigo da faculdade de música. Enquanto caminha, pensamentos acerca de sua própria vida e os caminhos escolhidos por ela e seus antigos amigos, todos “promessas da música”, lhe vêm à cabeça. Caminhos que vão da plenitude da realização ao fracasso fatal.
“É uma peça sobre as decisões que tomamos. Sobre as nossas escolhas. Os caminhos que seguimos. E onde eles nos levam. É também uma peça sobre nossos sonhos, nossos desejos, principalmente quando somos jovens. E de como lidamos com eles, com nossas frustrações e nossas insatisfações: ‘ser artista é saber lidar com as frustrações’ – diz a aforista. Enfim, como toda peça de teatro, de como lidamos com os nossos sentimentos. E de como lidamos com os nossos pensamentos. Ela, a narradora, a aforista, está sempre pensando e andando. O pensamento é o lugar onde se passa a peça”, explica o diretor e dramaturgo Marcos Damaceno.
Os ingressos são limitados e estão disponíveis com valores a partir de R$15 (meia-entrada) pelo Ticket Fácil ou na bilheteria oficial do Centro Cultural Teatro Guaíra.
“A Aforista” abre a mente da protagonista, a aforista, em que se sobressaem confusões como de linguagem, ritmo, de excessos de informações, ansiedades e perturbações comuns da mente humana nos dias de hoje, com uma obra teatral por vezes angustiante, frequentemente hilariante. Em uma arquitetura mental espiral, em que a personagem verbaliza um estado próximo ao devaneio e da loucura, com pensamentos, lembranças e imaginações que fluem de forma lírica em alguns momentos, por meio de pesar em outros, flertando com a filosofia e o sublime, os acontecimentos na peça tornam-se expansivos e contraditórios. No palco, a atriz Rosana Stavis é acompanhada por dois pianos tocados ao vivo por Sérgio Justen e Rodrigo Henrique, que duelam e dão o tom da narrativa com a trilha original criada pelo premiado compositor Gilson Fukushima.
O espetáculo é o segundo de uma trilogia da Cia.Stavis-Damaceno – iniciada com Árvores Abatidas ou Para Luís Melo – influenciada por Thomas Bernhard. Segundo o diretor e dramaturgo, o texto da peça é uma conversa com questões postas por Bernhard respondendo e contrapondo questões colocadas pelo autor austríaco em sua extensa obra, permitindo-se desviar para outros assuntos, outras situações, outros lugares. Um mergulho na memória e nas possibilidades que cabem numa vida.
Aclamado pela crítica, o espetáculo estreou no Rio de Janeiro com sessões esgotadas, passando por São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e, agora, em Curitiba. O projeto é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, com incentivo da Ademicon Consórcio e Investimento. Acompanhe as novidades e informações por meio das redes sociais oficiais da Cia.Stavis-Damaceno, pelo Instagram e Facebook @cia.stavis-damaceno.