A socialite Day McCarthy, condenada a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por injúria racial contra Titi, filha dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, afirmou que não se entregará às autoridades brasileiras. Atualmente residindo em Paris, na França, McCarthy declarou que continuará na Europa e questionou o sistema judiciário brasileiro durante uma entrevista ao jornal The Washington Post.
McCarthy reconheceu ter cometido racismo, mas citou situações de discriminação e bullying que enfrentou ao longo da vida. “Eu sofria bullying porque estava acima do peso, porque era filha de um homem negro, porque não tinha dinheiro, porque vinha de um bairro pobre”, disse.
A condenação, considerada uma das maiores penas aplicadas por injúria racial no Brasil, refere-se a ofensas feitas pela socialite em 2017, quando Titi tinha apenas quatro anos. Na época, McCarthy utilizou termos depreciativos ao se referir à criança, gerando ampla repercussão e críticas.
Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank buscaram a Justiça e conseguiram a condenação da socialite, que classificaram como uma vitória na luta contra o racismo. O caso gerou debates sobre os limites da liberdade de expressão e reforçou o combate a discursos de ódio.
Apesar da sentença, McCarthy afirmou que não retornará ao Brasil e alegou que sua condenação foi influenciada pela notoriedade das vítimas. “O sistema de Justiça brasileiro só funciona para quem é famoso e rico”, declarou.







