O origami ajudou a transformar a vida do curitibano Lúcio Fogaça Souza, 62 anos. Com a arte japonesa de dobrar papéis e o apoio da Fundação de Ação Social (FAS) ele encontrou equilíbrio para superar a fase mais difícil de sua vida, que fez com que passasse os últimos dois anos em situação de rua, em Curitiba.
A descoberta do origami aconteceu em 2020, logo no início da pandemia do novo coronavírus. Acolhido em uma das unidades de atendimento à população em situação de rua, da Fundação de Ação Social (FAS), desde junho de 2019, Lúcio decidiu não sair mais do acolhimento para evitar o risco da contaminação.
Para se manter ocupado durante o período de acolhimento, ele emprestava o celular de um amigo para fazer pesquisas. Foi quando começou a transformar pedaços de papel em vários tipos de animais, aves, estrelas, pinhão. “Eu já tinha habilidade com o papel porque já havia trabalhado em gráfica e em jornal”, conta.
As figuras coloridas criadas por Lúcio alçaram voo e ganharam a cidade. Hoje elas estão expostas na unidade de acolhimento Rebouças, no bairro que leva o mesmo nome, e onde Lúcio encontra seu porto seguro.
Uma coleção formada pela coordenadora da unidade, a pedagoga Pricila Romeo, que se tornou a orientadora de Lúcio, assim como o educador social Paulo Roberto da Silva e a educadora e assistente social, Eridan Rocha, desde que ele decidiu buscar os serviços da FAS, em junho de 2019.