Curitiba terá 245 ônibus elétricos na nova concessão do transporte coletivo

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Foto: Pedro Ribas/SMCS

A Prefeitura de Curitiba apresentou nesta sexta-feira (19) a modelagem da nova concessão do transporte coletivo da capital. O projeto, desenvolvido em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê modernização do sistema, com ampliação de linhas, renovação da frota e integração temporal em toda a cidade. A consulta pública foi aberta no portal da Urbs, onde a população e investidores podem acessar detalhes do edital e enviar sugestões.

Durante entrevista, o prefeito Eduardo Pimentel destacou a importância do momento:

“Hoje é um dos dias mais importantes da minha gestão, porque estamos cumprindo um compromisso do período eleitoral, que é lançar publicamente o contrato de concessão do transporte coletivo, o maior desafio que a cidade tem nos próximos anos.”

Segundo ele, a nova concessão trará inovações tecnológicas e ambientais inéditas no país:

“Até 2031, 30% da nossa frota vai ser com combustível menos poluente ou elétrico. Serão 245 ônibus elétricos, sendo 166 biarticulados. Todos os biarticulados serão elétricos.”

Pimentel ressaltou que a transição entre os contratos será de até 24 meses, sem risco de descontinuidade no serviço:

“A cidade não ficará um dia sequer sem transporte coletivo eficiente e a tarifa não aumenta.”

Outra mudança é no modelo de remuneração das empresas, que passará a ser calculado por quilômetro rodado e não mais por passageiro, reduzindo riscos e dando mais previsibilidade ao sistema:

“Nós estamos mudando o pagamento por passageiro para quilômetro rodado, que é muito importante. E haverá integração temporal ampla em toda a cidade.”

O edital será lançado em novembro e o leilão está previsto para janeiro de 2026, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O início do novo contrato deve ocorrer até junho do próximo ano. Até lá, audiências públicas estão marcadas para os dias 1º e 15 de outubro, às 19h, no Parque Barigui, com transporte gratuito saindo do Terminal Campina do Siqueira.

O prefeito reforçou o caráter participativo do processo:

“Nós queremos ouvir a população. Quem usa o transporte coletivo todos os dias tem uma opinião importante para contribuir. É fundamental que as entidades e a sociedade civil participem para que possamos aprimorar esse contrato.”

A nova concessão também marca uma mudança de nomenclatura: a atual Rede Integrada de Transporte (RIT) dará lugar ao Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), que pretende ampliar a integração com outros modais, como bicicletas, aplicativos de transporte e conexões metropolitanas.

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