Curitiba começou 2021 com saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada. O saldo ficou positivo em 5.624 vagas em janeiro, o segundo maior entre as capitais, atrás apenas de São Paulo (30.222). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na terça-feira (16/3) pelo Ministério da Economia.
O resultado consolida a retomada do emprego em Curitiba, que começou em meados do ano passado, depois do forte impacto da pandemia na economia e no emprego formal em todo o País. O município fechou o ano 2020 com um saldo positivo de 2.928 vagas.
O saldo de janeiro, que supera todo o saldo de 2020, é resultado das 33.512 admissões e das 27.888 demissões registradas na capital no mês.
Todos os setores da economia tiveram saldos positivos de vagas: agropecuária (10), comércio (145), indústria (1.079), construção (1.481) e serviços (2.909).
“Esses números nos alegram em um momento em que estamos enfrentando o pior momento da pandemia. Os dados reforçam o movimento de recuperação econômica da cidade, mesmo sob os efeitos da covid-19. Estamos nos esforçando para fazer a cidade voltar a crescer, demos apoio ao setor produtivo, com um plano de retomada, sem descuidar da questão da saúde. Ainda há muito que fazer, mas os números mostram que estamos no caminho certo”, disse o prefeito Rafael Greca.
O levantamento mostra que as vagas foram abertas principalmente para quem tem ensino médio completo, com 3.828 novas oportunidades, fundamental completo (708) e superior completo (650).
As maiores contratações foram nas áreas de produção de bens e serviços industriais, com 2.582 vagas, serviços administrativos, com 937, e profissionais das ciências e artes, com 464.
Capacitação e Plano de Retomada
Curitiba respondeu, sozinha, por 23% das vagas geradas no Paraná, que teve saldo de 24.342 empregos em janeiro.
Para o prefeito, o resultado de Curitiba é fruto do esforço em capacitação, tanto de empresas, via Espaços do Empreendedor, quando de empregados, via Liceus do Ofício, com o plano de retomada econômica para reduzir o impacto da pandemia sobre a economia do município.
Entre as medidas do plano de retomada estão a criação de um fundo de aval, de R$ 10 milhões, com potencial para alavancar até R$ 100 milhões em investimentos, a desburocratização e a ampliação das atividades incluídas na lei de liberdade econômica – que prevê a dispensa de alguns alvarás para atividades de baixo risco. No ano passado, esse número passou de 242 para 545 na capital.
Com isso, mesmo na pandemia, Curitiba abriu um número recorde de empresas em 2020. Foram 44.052 novos alvarás expedidos em todas as áreas (comércio, indústria, serviços e financeira).
Curitiba também fechou 2020 como a capital com o menor tempo de abertura de empresas no País, com apenas 22 horas, segundo o boletim Mapa de Empresas, divulgado pelo Ministério da Economia. O tempo é 64% menor do que a média brasileira.