Curitiba celebra o Dia Mundial de Luta contra o HIV/AIDS de 2020 com redução no número de novos casos de HIV e de Aids nos últimos quatro anos. Os dados foram apresentados pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), lançado nesta terça-feira (1º/12).
A queda nos casos de Aids entre 2015 e 2019 foi de 49%, foram 520 novos casos em 2014 e 263 em 2019. Na detecção de casos de HIV a redução foi de 10% no mesmo período, em 2015 forem identificados 787 em 2019, 708.
De acordo com a infectologista da SMS, Cléa Elisa Lopes Ribeiro a redução é resultado de intensificação nas ações de prevenção e tratamento e adoção do protocolo de prevenção combinada, que reúne nove frentes para conter a transmissão do HIV/AIDS.
Entre as ações que podem ser combinadas estão atestagem para o HIV, prevenção da transmissão vertical (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez), tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais, imunização contra as hepatites A e B, programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias, profilaxia pré-exposição (PrEP), profilaxia pós-exposição (PEP) e o tratamento de pessoas que já vivem com HIV.
“Aprendemos ao longo desses anos que precisamos de diversas frentes para garantir a redução da transmissão do HIV e a redução na evolução do quadro das pessoas que vivem com vírus, evitando o adoecimento”, explica a médica Cléa.
O documento também mostra redução de 16% na mortalidade pela Aids nesse mesmo período. O coeficiente de mortalidade passou de 6,2 a cada 100 mil habitantes em 2015 para 5,2 em 2019.
Pessoas vivendo
Segundo o relatório até dezembro de 2019, havia em Curitiba 16.903 pessoas vivendo com HIV/AIDS. Os homens representam 71% dessa população (12.084), as mulheres 28,2% (4.820).
A infectologista lembra que o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento, além de promover condições de vida saudável para a pessoa, são grandes pilares para a prevenção de novas contaminações.
“Hoje 89% das pessoas em tratamento estão com carga viral indetectável, isso significa que essas pessoas não transmitem mais o vírus. Por isso o alerta para que todos façam o teste de HIV”, esclarece Cléa.
Onde fazer o teste
O exame para HIV/AIDS é ofertado em todas as unidades de saúde. Outra opção é a testagem rápida, ofertada pelo COA (Centro de Orientação de Aconselhamento), localizado na Rua do Rosário, 144, 6º andar, no Centro.
Para os homens o teste rápido também pode ser feito no e-COA, que funciona em horário alternativo, das 17h às 22h, de terça a sexta na Rua Brigadeiro Franco, 1.300, também no Centro de Curitiba.
Eliminação da transmissão vertical
Curitiba foi a primeira cidade brasileira a receber o certificado do Ministério da Saúde pela eliminação da transmissão vertical do HIV, da mãe para o bebê, em 2017, e garantiu a renovação em 2019. Para manter a certificação a cidade tem que garantir taxa de transmissão da mãe para o bebê abaixo de 2%.
Com o fortalecimento da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida a cidade vem conseguindo manter a certificação.
Boletim Epidemiológico
O boletim será lançado oficialmente nesta terça-feira (1º/12) às 17h30 em uma live organizada pela Comissão de Vigilância em Saúde do Conselho Municipal de Saúde em Parceria com a Secretaria Municipal da Saúde. A transmissão será aberta para toda a sociedade, pela plataforma Zoom.
Para participar basta acessar o aplicativo Zoom com:
ID da reunião: 953 3003 6680
Senha de acesso: live0112