Da longa estiagem e rodízio de água, para as chuvas torrenciais com enchentes e alagamentos. Estes extremos são bem familiares para os curitibanos, uma vez que representam uma realidade presente e têm uma explicação: as mudanças climáticas.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a capital registrou 129,2 mm de chuvas até o dia 17 de janeiro. A média histórica do mês é 182 mm. Se as instabilidades persistirem nos próximos dias, a previsão é que o volume de chuva ultrapasse a média histórica em janeiro.
Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), em Curitiba a temperatura aumentou, em média, 1,2ºC, se comparado a seis décadas atrás. Essa elevação, que é ainda maior em outras cidades, tem origem na urbanização, que causa o aumento das emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Ciente do problema, a capital atua em várias frentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que sofrem influência também do fenômeno La Niña, que resfria a água dos oceanos e altera o regime de chuvas, e dos desmatamentos das florestas, que gera um importante desiquilíbrio ecológico.