Cunhado ‘previu’ morte de caseiro uma semana antes de ataque: ‘a onça vai comer o Jorge’

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Foto: Reprodução

Na véspera da tragédia, um vídeo mostra o cunhado do caseiro alertando sobre a presença do animal: “A onça vai comer o Jorge”

Os restos mortais do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foram encontrados na manhã desta terça-feira (22) nas margens do rio Miranda, em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. O que chama atenção no caso é que, dias antes do ataque fatal, o cunhado da vítima gravou um vídeo onde prevê, de forma descontraída, que Jorge poderia ser atacado por uma onça. A gravação, feita no quintal da casa onde o idoso vivia, circula nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o avanço de animais silvestres em áreas habitadas.

No vídeo, o cunhado mostra pegadas no chão e alerta: “A onça vai comer o Jorge, Dão!”, em tom de brincadeira. Jorge responde rindo: “Não vai comer, não!”. As imagens mostram as marcas das garras do animal e rastros que indicam a presença de pelo menos duas onças nas proximidades da residência. Em determinado momento, os dois comentam que os felinos chegaram a brigar no quintal da casa. “Cunhado, os gatinhos estavam brigando aí? Por que você não entrou no meio para apartar?”, questiona o homem. Jorge responde com bom humor: “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

Apesar do tom descontraído, o alerta se concretizou de forma trágica. O corpo do idoso foi localizado por agentes da Polícia Militar Ambiental dentro de uma toca usada pelo animal, a cerca de 300 metros de onde ele foi visto pela última vez. Jorge havia desaparecido no início da semana, e as buscas começaram após um guia de pesca notar seu sumiço e encontrar pegadas e vestígios de sangue.

O caso gerou grande comoção na região e nas redes sociais, especialmente após a divulgação do vídeo que antecedeu o ataque. A morte de Jorge Avalo levanta questões sobre os riscos de convivência entre humanos e animais silvestres em áreas de mata e reforça a importância de ações preventivas em locais onde há registros recorrentes da presença de onças.

As investigações continuam e as autoridades ambientais monitoram a região para evitar novos incidentes.

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