A Regional Tatuquara registrou nos últimos dias o furto de 80 grelhas de ferro usadas nas bocas de lobo em sete ruas do bairro Campo de Santana, zona sul da capital. Trata-se de um trabalho criminoso intensivo, já que as grelhas são firmemente fixadas no chão e, portanto, de difícil extração.
A Administração Regional registrou Boletim de Ocorrência no 13º Distrito Policial, no Jardim da Ordem.
As estruturas estão sendo substituídas por outras de cimento, para evitar novos furtos. O trabalho deverá ser concluído em duas semanas.
O prejuízo para o município chega a cerca de R$ 36.000,00, entre perda e substituição da estrutura e mão de obra.
De acordo com o administrador regional Jadir Silva de Lima, o dano ao município aumenta na medida em que a equipe destacada para fazer a reparação ao dano poderia estar fazendo outros trabalhos da rotina de manutenção viária.
Com o roubo, cada boca de lobo se transformou num buraco que coloca em risco a segurança dos transeuntes.
Além disso, José Hidalgo Neto, engenheiro do Distrito de Manutenção Urbana do Tatuquara, explica que o sistema de escoamento da água da chuva também é afetado.
Apesar do tempo seco dos últimos dias, cada boca de lobo substituída também precisa ser limpa, já que sem a grelha objetos maiores (como galhos e garrafas, por exemplo) podem ir parar caixa de captação da água ou na própria galeria pluvial, prejudicando o escoamento.
A Guarda Municipal registrou no primeiro semestre deste ano 987 ocorrências contra o patrimônio público municipal, com os mais variados problemas, como arrombamentos, furtos de placas em cemitérios e de cabos de iluminação pública, depredações, entre outros.
Receptar também é crime
As grelhas roubadas têm identificação da Prefeitura de Curitiba. Levantamento feito pela regional aponta que o preço do quilo do ferro nas empresas que trabalham com reciclagem gira em torno de R$ 0,30. Caso os ladrões tenham vendido esse material, portanto, o retorno (a valores do mercado formal) pelo crime ficaria em torno de R$ 240,00, já que cada grelha pesa cerca de dez quilos e foram roubadas 80.
“Nada justifica o dano ao patrimônio público, e neste caso há uma desproporção muito grande em relação ao prejuízo causado à cidade”, diz Lima.
De acordo com o Código Penal, no entanto, se alguma empresa ou pessoa física comprar este material estará incorrendo em crime de receptação de produto roubado, que é passível de prisão por período entre 2 e 8 anos, além de multa.
Fonte e Foto: Prefeitura de Curitiba